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Meta usará postagens públicas e interações com IA para treinar modelos na UE

Meta usará postagens públicas e interações com IA para treinar modelos na UE

Lançamento da Meta AI foi adiado na União Europeia devido às normas de privacidade e transparência do bloco

Meta – A Meta anunciou nesta segunda-feira (14) que utilizará interações de usuários com inteligência artificial (IA), assim como publicações e comentários públicos feitos por adultos em suas plataformas, para aprimorar seus modelos de IA na União Europeia.

A decisão ocorre após a empresa ter lançado sua ferramenta de IA no continente no mês passado. Originalmente prevista para junho de 2024, a implementação foi adiada devido a questionamentos de reguladores sobre privacidade e proteção de dados.

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Enquanto a Meta AI foi disponibilizada nos Estados Unidos em 2023, sua chegada à Europa enfrentou desafios por causa das rigorosas normas de transparência e privacidade da região.

A Meta informou que usuários da UE em plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp começarão a receber avisos detalhando quais dados serão utilizados. Eles também terão acesso a um formulário online para manifestar objeção ao uso de suas informações no treinamento dos sistemas.

A empresa esclareceu que, embora empregue interações como perguntas feitas na Meta AI, não utilizará mensagens privadas nem dados públicos de contas de menores de idade.

Em junho, a companhia havia suspendido o lançamento de seus modelos de IA na Europa após a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC) pedir que a empresa revisse seus planos de usar publicações de redes sociais para treinamento.

Além disso, a Meta enfrentou críticas do grupo de direitos digitais NOYB, que pressionou autoridades de privacidade a impedirem o uso de conteúdo de usuários para esse fim.

Outras empresas, como o X (antigo Twitter), de Elon Musk, e o Google, da Alphabet, também estão sob escrutínio do DPC. O X é investigado por supostamente empregar dados pessoais de europeus para treinar seu sistema de IA, o Grok.

Já o Google está sendo analisado desde setembro, quando o DPC abriu uma investigação para apurar se a empresa adotou medidas adequadas para proteger informações de usuários antes de usá-las no desenvolvimento de seu modelo de IA.

(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Reprodução/Freepik/EyeEm)

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