A Huawei encontrou a fórmula para vencer a Nvidia?
Huawei – A Huawei anunciou oficialmente seu mais recente avanço em tecnologia de inteligência artificial, que promete intensificar a rivalidade com a Nvidia. Batizado de Atlas 900 A3 SuperPoD — ou CloudMatrix 384 —, o novo chip foi revelado durante a Conferência Mundial de Inteligência Artificial (WAIC) 2025, sediada em Xangai, na China.
De acordo com informações obtidas pelo site Huawei Central, o novo chip oferece desempenho duas vezes maior que o sistema de IA Nvidia GB200 NVL72 — considerado até então o mais poderoso da fabricante americana —, graças à capacidade de 300 PFLOPs de processamento denso BF16.
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A nova solução da Huawei é construída sobre a plataforma Ascend, que combina agentes de IA integrados com recursos nativos de GitOps. O sistema, que conta com 384 NPUs Ascend e adota uma arquitetura “supernó”, é projetado para operar com alta largura de banda e baixa latência, otimizando o desempenho em tarefas de IA.
Apresentado inicialmente em abril, o CloudMatrix 384 já está disponível na plataforma de nuvem da Huawei desde junho. Destinado a empresas que treinam modelos de inteligência artificial, o sistema promete desempenho consistente e confiável ao longo do tempo, conforme destaca a reportagem.
A tecnologia, que utiliza 384 unidades do chip 910C mais recente da Huawei, foi desenvolvida para compensar a menor potência de cada chip individual, segundo um relatório do grupo SemiAnalysis, especializado em semicondutores.
“Esta solução compete diretamente com o GB200 NVL72 e, em algumas métricas, é mais avançada do que a solução de escala de rack da Nvidia. A vantagem de engenharia está no nível do sistema, não apenas no nível do chip, com inovação nas camadas de rede, óptica e software”, diz o relatório.
As restrições impostas às exportações de chips da Nvidia para a China abriram caminho para que a Huawei ganhasse espaço no mercado local. De acordo com a Reuters, a empresa chinesa direciona anualmente 180 bilhões de yuans (cerca de US$ 25 bilhões) para atividades de pesquisa e desenvolvimento.
Desde que passou a depender da Semiconductor Manufacturing International Corporation (SMIC) — empresa chinesa que substituiu a taiwanesa TSMC após restrições comerciais em 2019 —, a Huawei vem aprimorando seus sistemas de produção.
Contudo, essa mudança também trouxe um desafio técnico relevante: a limitação na oferta de memória HBM (High Bandwidth Memory), como aponta o Instituto Mercator para Estudos da China. Essa deficiência pode dificultar a execução de modelos de linguagem em larga escala, motivo pelo qual a Huawei estuda soluções em parceria com a Tongfu Microelectronics.
(Com informações de Olhar Digital)
(Foto: Reprodução/Freepik/ezps)
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