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AGU processa Meta por permitir golpes que usam imagens do governo

AGU processa Meta por permitir golpes que usam imagens do governo

Conteúdos em redes da Meta utilizam imagens do governo federal para aplicar golpes

Meta – A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou nesta segunda-feira (28) uma Ação Civil Pública solicitando a responsabilização da Meta, empresa responsável pelo WhatsApp, Facebook e Instagram, por obtenção de vantagem ilícita e danos morais coletivos decorrentes de falhas no monitoramento de anúncios enganosos que utilizam imagens oficiais do governo federal.

Segundo a AGU, a ação também exige a proibição do emprego abusivo de símbolos, logomarcas governamentais e materiais audiovisuais de figuras públicas nas plataformas administradas pela Meta.

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“Foi constatado que pelo menos 1.770 anúncios falsos foram veiculados com o intuito de enganar financeiramente os usuários dessas redes. Os conteúdos se apropriavam ilegalmente de emblemas de instituições públicas e de representantes governamentais”, afirmou a AGU em comunicado.

A entidade também requer que seja divulgado o lucro obtido pela Meta com a exibição desses 1.770 anúncios e que a empresa seja obrigada a repassar o valor ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

“Os anúncios fraudulentos promoviam programas governamentais — reais ou fictícios —, simulavam páginas oficiais de entidades públicas e privadas e adulteravam a imagem de autoridades usando Inteligência Artificial (IA)”, diz o órgão.

“A maior parte dos anúncios ilegítimos propagandeava um suposto direito de resgate de valores aos cidadãos, exigindo o pagamento de uma taxa fraudulenta para liberar o dinheiro”, acrescentou a AGU.

Entre as marcas governamentais exploradas ilegalmente estão as do PIX, do Programa Bolsa Família, da Polícia Federal, da Receita Federal, do gov.br e do Governo Federal Brasil União e Reconstrução.

Questionada pela Agência Brasil, a Meta declarou que não comentará o caso.

(Com informações de Agência Brasil)

(Foto: Reprodução/Freepik/rafapress)

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