Brasil está no top 3 de países que mais usam IA diariamente

IA – Um levantamento da Kantar aponta que o Brasil está entre os países que mais utilizam inteligência artificial no cotidiano, atrás apenas da Índia e da China. De acordo com o estudo Connecting with the AI Consumer, 46% dos brasileiros afirmam usar ferramentas de IA todos os dias.

A pesquisa, feita com mais de 10 mil pessoas em dez países, revela que o contato com a tecnologia vai além da curiosidade: 76% dos usuários dizem recorrer a assistentes de voz, chatbots e soluções de compra de forma semanal ou diária. Apenas 24% utilizam esses recursos com menor frequência.

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O relatório também mostra diferenças entre gerações. Entre os mais jovens, o uso é massivo: 83% da geração Z e 81% dos millennials interagem com IA de forma regular. Já entre os boomers, apenas 51% mantêm esse hábito.

Na comparação global, a Índia lidera o ranking de uso diário, com 67% dos entrevistados, seguida pela China (50%) e pelo Brasil (46%). Em contrapartida, países como França (18%) e Alemanha (14%) apresentam índices bem mais baixos, com grande parte dos consumidores relatando utilizar a tecnologia menos de uma vez por mês.

As funções mais valorizadas são a agilidade nas respostas (61%) e a geração de ideias criativas (48%), desde sugestões culinárias até roteiros de viagem e apoio na criação de conteúdo. Há também interesse em aplicações mais práticas, como apoio a decisões (45%), planejamento financeiro (42%), otimização de viagens (36%) e recomendações personalizadas de entretenimento (33%). Já a utilização em relacionamentos e interações sociais é a menos atrativa.

As expectativas variam conforme a faixa etária: jovens priorizam produtividade e criatividade, enquanto os boomers destacam a segurança — 54% desejam ferramentas que protejam dados pessoais.

O estudo reforça que empresas que investem em soluções de inteligência artificial precisam levar em conta tanto o contexto cultural quanto as diferenças geracionais, já que estratégias bem-sucedidas em mercados como Índia e China podem não ter o mesmo efeito em países europeus.

A pesquisa foi realizada entre 11 de abril e 2 de maio de 2025 em dez mercados: Austrália, Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Singapura, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.

(Com informações de Convergência Digital)
(Foto: Reprodução/Freepik/Frolopiaton Palm)