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Centrais sindicais querem evitar concentração bancária no novo consignado para CLT

Centrais sindicais querem evitar concentração bancária no novo consignado para CLT

Lideranças sindicais se encontram com Lula nesta quarta (26) para anúncio sobre saque-aniversário do FGTS

Consignado para CLT – As centrais sindicais esperam discutir com o presidente Lula nesta quarta-feira (26) medidas que possam ajudar a reduzir o juro do novo crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada, o e-consignado, que deve ser anunciado oficialmente após o Carnaval.

As lideranças sindicais foram convidadas para acompanhar o anúncio de que o governo vai liberar o saldo bloqueado do FGTS para os trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário, que têm seus recursos bloqueados por dois anos mesmo em casos de demissão sem justa causa.

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A liberação do FGTS para esses trabalhadores é uma reivindicação das centrais desde o início do governo por constatarem que grande parte daqueles que aderiram ao saque-aniversário e fizeram consignados com o recurso liberado uma vez ao ano sem se darem conta que não poderiam utilizar o saldo remanescente.

“O dinheiro do trabalhador foi travado no momento em que ele mais precisava. A decisão é um anseio de muitos brasileiros que ao aderirem o saque-aniversário não se deram conta das letrinhas de rodapé criadas pelo Paulo Guedes”, afirma o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, que estará no encontro com Lula.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defende a extinção do saque-aniversário do FGTS desde que assumiu a pasta, mas a medida não foi implementada por receio de prejudicar os trabalhadores que já contam com o recurso extra.

A expectativa é de que o novo crédito consignado, que será realizado via e-social, reduza a demanda pelo saque-aniversário e, consequentemente, a resistência contra sua extinção, além de ser uma solução para preservar o saldo do FGTS.

Agora, as centrais querem garantir que os juros do e-consignado sejam os menores possíveis. A preocupação dos sindicalistas é de que as reuniões em que os detalhes da nova modalidade de crédito não tiveram a participação dos representantes dos trabalhadores e nem mesmo de uma diversidade de instituições financeiras, contando apenas com nomes dos grandes bancos.

Por exemplo, os líderes sindicais pretendem cobrar que fintechs e cooperativas de crédito também possam oferecer o empréstimo, a fim de evitar que as operações fiquem concentradas apenas nos grandes bancos e aumente a competitividade. Nas estimativas do Ministério da Fazenda, os juros médios do e-consignado devem ficar em torno de 2,5%.

(Com informações de CNN Brasil e Folha de S. Paulo)
(Foto: Freepik/Reprodução/showtimeag)

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