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Computação ubíqua – A presença da tecnologia no dia a dia avançou a ponto de muitos recursos funcionarem sem que o usuário precise dar qualquer comando. Essa integração discreta entre máquinas e ambiente é conhecida como computação ubíqua, conceito que descreve sistemas capazes de se conectar, operar em conjunto e atuar de forma quase imperceptível.
A ideia surgiu ainda no final dos anos 1980, quando o cientista da computação Mark Weiser apresentou o termo que mais tarde se tornaria referência no estudo da tecnologia integrada ao cotidiano. Ele imaginou um cenário no qual computadores estariam tão inseridos nos ambientes físicos que deixariam de ser percebidos como dispositivos isolados.
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De acordo com o conceito formulado por Weiser, a computação ubíqua envolve a presença constante, porém discreta, da tecnologia. Isso significa que sistemas e dispositivos passam a operar de maneira automática, adaptando-se ao contexto, comunicando-se entre si e protegendo os dados envolvidos nessas operações.
Entre os pilares estão a integração transparente, a adaptação às necessidades do usuário, a automação de tarefas e a interoperabilidade — a capacidade de diferentes aparelhos se conectarem independentemente da marca ou plataforma. Smartphones, smartwatches e sensores são exemplos de dispositivos que alimentam esses sistemas, coletando informações do ambiente e acionando mecanismos de análise capazes de decidir o que fazer.
O conceito nasceu quando Weiser visualizou um futuro no qual computadores seriam embutidos em objetos comuns e se espalhariam por diferentes ambientes. Ele e sua equipe chegaram a desenvolver protótipos que ilustravam essa visão: telas interativas, pranchetas digitais e pequenos computadores portáteis, todos projetados para funcionar de forma interligada.
Embora semelhante à ideia de conexão entre dispositivos, a Internet das Coisas (IoT) abrange principalmente a comunicação máquina a máquina. Já a computação ubíqua é mais ampla, focando especialmente na interação entre pessoas e tecnologia, que deve ocorrer de maneira natural e quase invisível.
Onde aparece no cotidiano
A tecnologia onipresente está espalhada por diversos setores. Nas casas inteligentes, por exemplo, o ambiente se autorregula: luzes apagam sozinhas, sensores monitoram movimento e temperatura, e robôs realizam tarefas sem intervenção humana.
Na saúde, dispositivos vestíveis acompanham sinais vitais em tempo real, auxiliando profissionais com informações automatizadas. No transporte, sistemas de pedágio automático e sensores em estradas mostram como a tecnologia atua de forma contínua. Já na educação, ambientes conectados tornam o aprendizado mais flexível e personalizado.
Assistentes virtuais e wearables também integram esse ecossistema, servindo como intermediários entre o usuário e os sistemas inteligentes que operam ao redor.
Para funcionar em grande escala, a computação ubíqua depende de sistemas inteligentes capazes de analisar informações e tomar decisões em segundo plano. Nesse contexto, a inteligência artificial atua como o centro nervoso desses ambientes, identificando padrões e executando ações sem que o usuário sequer perceba.
Avanços e obstáculos
A computação ubíqua impulsionou novas formas de automação, personalização e eficiência em diferentes áreas. Seus benefícios vão desde o monitoramento contínuo de processos até a criação de ambientes urbanos mais inteligentes.
Apesar disso, ainda enfrenta desafios importantes. Questões de segurança e privacidade se destacam, já que a grande quantidade de dados gerados exige proteção rigorosa. A ausência de padrões universais, o consumo de energia e a aceitação do público — especialmente idosos ou moradores de regiões distantes — também entram na lista de barreiras.
(Com informações de Tecmundo)
(Foto: Reprodução/Freepik/Rawintanpin)
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