Consignado – No primeiro mês de funcionamento da nova modalidade de crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada, o volume de empréstimos concedidos já soma aproximadamente R$ 8 bilhões, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Fazenda nesta quarta-feira (23).
O secretário de reformas econômicas da Fazenda, Marcos Pinto, destacou a competitividade entre instituições financeiras na nova plataforma: “As taxas de juros pelas quais os empréstimos estão sendo concedidos são a metade, na média, das taxas cobradas no empréstimo sem garantias no país. A gente está tendo uma competição enorme entre as instituições financeiras dentro do aplicativo”.
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Marcos também apontou que entre 60% e 70% dos créditos concedidos estão sendo utilizados para a renegociação de dívidas. “O fato de que esse crédito pode ser quitado por um período mais longo faz com que as parcelas estejam caindo em até um terço para o consumidor”, afirmou.
Segundo ele, os clientes estão trocando dívidas mais caras por outras com juros mais baixos. “Nos 120 dias após publicação da medida provisória, os bancos só podem conceder crédito para quem já tem dívida se ele [cliente] pagar a dívida antiga”, explicou. “A concessão de crédito é livre para quem não tem nenhuma dívida. Para quem já tem outra dívida, seja consignado ou crédito direto ao consumidor, tem que haver o pré-pagamento. É responsabilidade do banco organizar isso”, acrescentou.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse esperar uma mudança na escala e na concessão do crédito consignado privado nos próximos dias, quando os grandes bancos começarem a oferecer a modalidade em suas próprias plataformas.
“Acredito que, a partir do dia 25, as coisas vão mudar. Nós fixamos uma data em que o crédito só podia ser tomado na plataforma do governo. Nessa semana, entra em operação a plataforma dos próprios bancos. Penso que a escala vai mudar e a qualidade do que está sendo concedido também vai mudar”, declarou.
O novo crédito consignado, chamado de Crédito do Trabalhador, pode ser consultado e contratado por meio do aplicativo Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital). A modalidade está disponível para empregados formais, trabalhadores domésticos, rurais, assalariados e microempreendedores individuais (MEIs). Pelo aplicativo, é possível verificar a margem consignável — limitada a 35% do salário bruto — e simular propostas de empréstimo. Caso a renda do trabalhador diminua durante a vigência do contrato, o banco poderá renegociar as condições do empréstimo.
(Com informações de Folha de S. Paulo)
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