Cresce número de profissionais de TI que trocam Brasil pelos Estados Unidos
Estados Unidos – Nos últimos anos, tem crescido consideravelmente a quantidade de brasileiros que decidem se estabelecer profissionalmente nos Estados Unidos, sobretudo aqueles com alto nível de qualificação. Esse fenômeno atingiu marcas históricas entre 2022 e 2024, evidenciando transformações tanto no perfil migratório, quanto nas necessidades do mercado de trabalho americano.
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Em 2024, os EUA concederam 2.793 vistos de trabalho das categorias EB-1 e EB-2 a brasileiros. O volume supera o total emitido em 2021 e 2022 somados, mostrando uma demanda crescente por talentos brasileiros com habilidades notáveis ou formação especializada.
O visto EB-1 é direcionado a profissionais com capacidades excepcionais em ciências, artes, educação, negócios ou esportes. Para se enquadrar, o candidato precisa atender a pelo menos três de dez requisitos, como conquistar prêmios de relevância nacional ou internacional, pertencer a associações que exigem excelência de seus membros ou ter contribuições significativas em sua área.
Já o EB-2 é destinado a indivíduos com habilidades superiores ou diplomas avançados, como mestrado ou doutorado. Uma de suas modalidades, o EB-2 NIW (National Interest Waiver), dispensa a necessidade de uma proposta de emprego, desde que o profissional demonstre que sua atuação é de interesse nacional para os EUA.
A quantidade de brasileiros que obtiveram residência permanente (Green Card) nos EUA também aumentou. Em 2023, cerca de 30 mil brasileiros receberam o documento, um crescimento de 16% em relação ao ano anterior. Esse avanço reflete a alta demanda por mão de obra qualificada no mercado americano, além de políticas que facilitam a permanência de estudantes estrangeiros após a graduação.
Nos últimos anos, houve um salto significativo na migração de brasileiros com diploma universitário para os EUA, principalmente na área de Tecnologia da Informação (TI). Em 2022, o número de vistos concedidos a brasileiros com ensino superior subiu de 147 (em 2021) para 1.983 – um aumento de mais de 13 vezes.
Esse crescimento mostra a valorização desses profissionais no mercado americano, especialmente em setores com falta de especialistas. Além da graduação, muitos brasileiros com mestrado e doutorado buscam oportunidades nos EUA, onde são altamente requisitados em áreas que exigem conhecimento técnico e acadêmico avançado.
As formações mais comuns entre os brasileiros contratados por empresas americanas incluem:
• Cibersegurança
• Engenharia de Software
• Ciência da Computação
• Engenharia da Computação
• Ciência de Dados
• Inteligência Artificial
• Cloud Computing
• Análise e Desenvolvimento de Sistemas
A fuga de cérebros para o exterior levanta questões sobre a capacidade do Brasil de fortalecer sua base tecnológica. A dependência de soluções estrangeiras, principalmente em setores críticos como infraestrutura digital e inteligência artificial, pode ameaçar a autonomia digital do país.
A soberania digital diz respeito ao controle sobre recursos digitais, como dados, softwares, hardwares e infraestrutura. É a habilidade de influenciar e regular tecnologias, alinhando-as aos interesses e valores de uma nação.
Para enfrentar esse desafio, o Brasil precisa promover discussões e medidas que fortaleçam sua independência tecnológica. Investimentos em educação, pesquisa, desenvolvimento e políticas públicas que fomentem a inovação são essenciais para manter o país competitivo em um mundo cada vez mais digitalizado.
(Com informações de Jovem Pan)
(Foto: Reprodução/Freepik/pixelshunter)
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