Data centers pressionam demanda global por energia, que deve aumentar 16% ao ano
Data centers – A demanda global por energia para data centers deve aumentar 16% ao ano até 2028, impulsionada principalmente pela expansão da inteligência artificial, revela estudo do Boston Consulting Group (BCG) intitulado “Breaking Barriers to Data Center Growth”.
O relatório estima investimentos de US$ 1,8 trilhão no mercado global de data centers até 2030. Atualmente, esses centros consomem cerca de 2% da energia mundial, com crescimento anual de aproximadamente 12%, segundo Ricardo Pierozzi, diretor executivo e sócio do BCG.
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A expansão de tecnologias como IA tem sido um motor central desse aumento. Pierozzi destaca que “60% da demanda de energia de data centers está associada diretamente ao desenvolvimento e processamento de modelos de inteligência artificial”, especialmente os Large Language Models (LLMs).
Gigantes como Amazon, Meta, Microsoft e Google serão responsáveis por 60% do aumento projetado no consumo até 2028, elevando sua participação na demanda global para cerca de 45%. Este crescimento acelerado enfrenta desafios significativos, incluindo limitações de hardware especializado até 2028 e, posteriormente, escassez de energia e espaço para instalações.
Enquanto os Estados Unidos abrigam mais de 60% dos data centers globais, o Brasil surge como destino estratégico para essa expansão. O país atrai interesse por sua excelente conectividade, localização geográfica privilegiada e matriz energética com quase 90% de fontes renováveis, fatores que facilitariam a redução da pegada de carbono.
Contudo, especialistas alertam que essa movimentação pode representar a transferência de custos ambientais – como o intenso consumo de energia e água para operação e refrigeração – para o Brasil, enquanto os lucros das big techs se concentrariam externamente.
O governo brasileiro, por sua vez, busca facilitar essa instalação. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um plano para transformar o país em polo global de data centers, prometendo isenção fiscal, segurança jurídica e uso de energia limpa. A iniciativa tem como objetivo atrair até R$ 2 trilhões em investimentos para infraestrutura digital sustentável na próxima década.
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