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Dia da Mulher: 7 mulheres que fizeram história na tecnologia

Dia da Mulher – Nesta sexta-feira (08) é celebrado o Dia Internacional das Mulheres e, para comemorar a data, é válido relembrar aquelas que deixaram sua marca na área da tecnologia.

Em um setor historicamente dominado por homens, nomes como Ada Lovelace (primeira programadora do mundo), Mary Jackson (primeira engenheira negra da Nasa) e Karen Sparck Jones (criadora do conceito dos mecanismos modernos de busca) lutaram pela igualdade de oportunidades e se tornaram influência para muitas cientistas de hoje.

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Mentes femininas também estão por trás dos sistemas de comunicação que originaram tecnologias como GPS, Bluetooth e Wi-Fi, e até games famosos, como o River Raid.

A seguir, confira a lista com sete mulheres que fizeram história na tecnologia.

  • Ada Lovelace, primeira programadora do mundo

 

Foto: Reprodução/Encyclopedia Britannica

Matemática e escritora inglesa do século XIX, Ada Lovelace é considerada a primeira pessoa a idealizar um software. Sua empreitada começou quando conheceu o matemático Charles Babbage, que tinha o objetivo de construir uma máquina analítica.

A jovem estudou o projeto e desenvolveu um algoritmo para utilizar o artefato de Babbage para calcular números de Bernoulli, que aparecem em várias áreas da matemática. Com isso, a inglesa criou o primeiro software do mundo.

Filha do poeta inglês Lord Byron, Ada se casou aos 20 anos, mesma época em que recebeu o título de Condessa de Lovelace, nome com o qual ficou conhecida na história mundial. No entanto, seu projeto saiu do papel apenas em 2002, quando foi finalmente produzido pelo Museu da História do Computador, em Londres.

  • Hedy Lamarr, inventora do sistema precursor do Wi-Fi

 

Foto: Reprodução/IMDb

Nascida na Áustria em 1914, a cientista e atriz Hedwig Eva Maria Kiesler ficou conhecida pelo nome artístico Hedy Lamarr. Em 1933, estrelou o controverso longa-metragem “Ecstasy”, considerado o primeiro filme a exibir uma cena de orgasmo.

No mesmo ano, por pressão da família, que estava incomodada com a repercussão do seu trabalho, casou-se com Fritz Mandl, dono de uma fábrica de armamentos, próximo ao governo nazista. Em 1937, insatisfeita com o casamento e o rumo do país, fugiu para Londres, e de lá seguiu para Hollywood, onde retomou a carreira de atriz de cinema com o nome Hedy Lamarr.

Nessa época, Hedy conheceu o compositor George Antheil, com quem desenvolveu o sistema de salto em frequência, originalmente criado para guiar torpedos submarinos usando sinais de rádio. Nessa modalidade de comunicação, o sinal de rádio “salta” de um canal para o outro de forma aleatória e sem perder a conexão. Assim, há menos risco de interferência, congestionamento e interceptação.

Patenteada em 1942, o sistema não chegou a ser utilizado na Segunda Guerra Mundial, mas permitiu o desenvolvimento de tecnologias de comunicação como GPS, Bluetooth e Wi-Fi anos depois. Hedy só foi reconhecida oficialmente em 1997, quando recebeu uma menção honrosa do governo norte-americano por abrir novos caminhos da eletrônica. Hedy faleceu pouco tempo depois, em 2000, na Flórida.

  • Mary Jackson, primeira mulher negra engenheira da Nasa

 

Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

Mary Jackson é um dos nomes que inspirou o filme Estrelas Além do Tempo (2017). Nascida nos Estados Unidos em 1921, ela se formou em Matemática e Ciências Físicas na Universidade Hampton, em 1942. A engenheira aeroespacial iniciou sua carreira na Nasa na área de pesquisa e computação e logo recebeu uma oferta para trabalhar no túnel de pressão supersônico, onde foram conduzidos testes de veículos espaciais.

Para se tornar uma engenheira efetiva na agência espacial, ela teve que fazer cursos complementares à noite e precisou de autorização especial para frequentar as aulas com os colegas brancos.

Em 1979, Mary Jackson ingressou no Programa Federal para Mulheres de Langley, em que guiou a contratação e promoção da próxima geração de matemáticas e engenheiras mulheres. A cientista faleceu em 2005, aos 83 anos, deixando um legado na luta pelos direitos da mulher e do movimento negro.

  • Carol Shaw, primeira mulher a desenvolver um game profissional

 

Foto: Reprodução/VintageComputing.com

Nascida em 1955 e criada na região do Vale do Silício, nos Estados Unidos, Carol Shaw se interessou por jogos e tecnologia desde muito jovem. Sua primeira criação profissional, o 3-D Tic-Tac-Toe, foi comercializada pela Atari, baseada no tradicional jogo da velha e lançada em 1978.

Quatro anos depois, já contratada pela Activision, ela desenvolveu o River Raid, sua criação mais famosa. O jogo de ação permitia controlar um avião que enfrentava outras aeronaves, além de navios e helicópteros. O produto fez tanto sucesso que Carol recebeu o cartucho platinado do game.

A engenheira ainda desenvolveu outros games ao longo da sua carreira, como Happy Trails, Othello e Super Breakout, e continuou atuando como voluntária na área da tecnologia, mesmo após se aposentar. Apesar de não se considerar uma ativista, Shaw acabou inspirando e abrindo portas para outras mulheres na indústria dos jogos eletrônicos.

  • Frances Allen, primeira mulher a receber o Turing Award

 

Foto: Reprodução/IBM

Nascida nos EUA em 1932, Frances Allen foi a primeira mulher a trabalhar na IBM e a receber o Turing Awards, considerado o Prêmio Nobel da Computação. Ela ajudou a desenvolver o Alpha, uma linguagem de computador avançada para decifrar códigos.

Também foi uma das pioneiras na compilação computacional, processo que traduz programas para uma forma compreensível pelos computadores, tornando o uso dos softwares mais rápido e eficiente.

A desenvolvedora publicou diversos artigos sobre como melhorar a comunicação entre humanos e computadores, que influenciaram o campo da ciência da computação. Allen faleceu em 2020, aos 88 anos, deixando um legado para as futuras gerações de cientistas da computação.

  • Mary Kenneth Keller, primeira doutora em ciências da computação

 

Foto: Reprodução/Domínio Público

Mary Kenneth Keller nasceu nos Estados Unidos em 1913 e foi a primeira mulher da história a concluir um doutorado em Ciências da Computação. Aos 19 anos, ingressou na congregação das Irmãs da Caridade da Bem-Aventurada Virgem Maria, tornando-se freira alguns anos depois.

Obteve seu título na Universidade de Wisconsin-Madison em 1965, após se tornar mestre em Matemática e Física e conquistar seu bacharelado em Ciências com ênfase em Matemática.

A cientista fundou o departamento de Ciências da Computação da Clarke University, em Iowa, onde atuou como diretora por 20 anos. Keller dedicou sua vida à luta pela inclusão de mulheres no ramo da informática e ajudou a fundar uma associação infantil para o uso de computadores na educação.

  • Karen Sparck Jones, criadora do conceito dos sistemas de buscas

 

Foto: Reprodução/Divulgação

Nascida na Inglaterra em 1935, Karen Sparck Jones é autora do conceito de frequência inversa de documentos, tecnologia que está na base dos sistemas de buscas mais modernos, como o Google, por exemplo.

Algumas de suas teorias também estão sendo utilizadas em pesquisas recentes sobre inteligência artificial (IA). Suas principais áreas de pesquisa eram o processamento de linguagem natural e a recuperação de informações.

A pesquisadora desenvolveu seus estudos na Universidade de Cambridge, onde trabalhou entre 1974 e 2002. Engajada na luta por igualdade de gênero e inclusão das mulheres na área da tecnologia, ela ficou conhecida pela frase “a computação é muito importante para ser deixada aos homens”. Karen faleceu aos 71 anos, em 2007, no condado de Cambridgeshire.

(Fonte: Techtudo)
(Foto: Montagem/Reprodução)

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