Empresa centenária fecha as portas após ataque hacker
Ataque hacker – É difícil calcular o impacto financeiro de um ataque de ransomware, mas o caso recente da KNP Logistics Group ilustra bem os estragos. A transportadora britânica, com 158 anos de existência, foi alvo do grupo criminoso Akira. A brecha utilizada foi uma senha fraca, deixada em um sistema acessível pela internet.
A partir disso, os invasores obtiveram acesso à infraestrutura, criptografaram arquivos essenciais e eliminaram tanto os backups quanto os sistemas de recuperação. O resgate exigido foi de £5 milhões.
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Em junho deste ano, os criminosos exploraram uma conta de funcionário que não tinha autenticação multifator. Com a senha em mãos, conseguiram tomar o controle dos sistemas digitais da KNP e paralisar toda a operação.
A empresa seguia padrões de conformidade em TI, atendendo às normas do setor e à legislação britânica, além de possuir seguro contra incidentes cibernéticos. Ainda assim, tais medidas não cobriram o valor do resgate nem impediram o colapso operacional.
Sem acesso a informações essenciais, como dados comerciais e rotas, os caminhões da transportadora ficaram todos parados. Poucas semanas depois, a KNP entrou em processo de insolvência civil — quando a Justiça reconhece que as dívidas superam os ativos. O resultado foi a liquidação de bens e a demissão de mais de 700 empregados.
O episódio britânico chama atenção não só pela tradição da empresa, mas também pela facilidade com que os criminosos causaram o colapso.
No Brasil, o quadro é ainda mais alarmante. Um levantamento da ESET, divulgado em 2025, mostrou que 29% das companhias brasileiras já sofreram pelo menos um ataque de ransomware.
Além disso, 73% das organizações não possuem seguro contra riscos digitais.
A fragilidade com senhas também se repete no país. De acordo com um relatório da NordPass, a sequência “123456” segue como a mais utilizada pelos brasileiros. Senhas tão simples podem ser descobertas em menos de um segundo por cibercriminosos.
Especialistas alertam que muitas invasões decorrem de falhas básicas, como senhas fracas e ausência de autenticação multifator. Algumas práticas podem reduzir riscos tanto em empresas quanto no uso pessoal:
– Use senhas fortes e exclusivas: evite repetições e combinações fáceis. Gerenciadores de senhas ajudam na organização;
– Ative autenticação multifator (MFA): sempre que possível, em serviços de e-mail, bancos, redes sociais e sistemas corporativos;
– Mantenha backups seguros e testados: com cópias armazenadas em nuvem confiável ou dispositivos externos isolados;
– Atualize softwares e dispositivos: computadores, celulares e aplicativos devem estar sempre atualizados;
– Restrinja permissões: cada usuário deve ter apenas o nível de acesso necessário;
– Desconfie de phishing: cuidado com mensagens urgentes, links suspeitos e promoções exageradas;
– Treinamento constante: funcionários e usuários precisam de orientação para reconhecer riscos e agir corretamente.
(Com informações de Tec Mundo)
(Foto: Reprodução/Freepik/kasemkaew)
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