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Empresas terão CNPJ com letras e números a partir de 2026

CNPJ – A Receita Federal anunciou uma mudança importante no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ): a partir de 2026, novos registros poderão conter letras além dos números. A medida faz parte de um conjunto de ações para modernizar o sistema tributário brasileiro.

Com a mudança, o objetivo é aumentar o número de combinações possíveis no identificador, evitando o esgotamento da numeração atual, que já atende cerca de 60 milhões de empresas. O formato continuará com 14 caracteres, mas permitirá a inserção de letras entre os números.

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A nova configuração será implantada gradualmente a partir de julho de 2026, sendo válida apenas para novos registros. CNPJs já existentes continuarão os mesmos, sem necessidade de substituição.

1. Como será o novo CNPJ?

O novo CNPJ será alfanumérico, ou seja, terá um novo padrão para identificação de pessoas jurídicas no país. Em vez de conter apenas números, o novo CNPJ passará a mesclar letras (de A a Z) e números (de 0 a 9), mantendo o total de 14 caracteres. Visualmente, o formato será semelhante ao atual, mas com a presença de caracteres alfanuméricos entre os dígitos.

2. Por que a mudança está sendo feita?

Segundo a Receita Federal, o modelo atual está próximo do limite de combinações disponíveis. Com o aumento constante de empresas e filiais, foi necessário ampliar as possibilidades, e a inclusão de letras oferece um volume significativamente maior de combinações.

3. Quando o novo formato entra em vigor?

A nova versão do CNPJ começa a ser emitida a partir de julho de 2026. A implementação será progressiva, com um cronograma que definirá quais categorias ou setores começarão a usar o novo modelo primeiro.

4. Quem receberá CNPJs com letras?

Somente os registros feitos após o início da vigência — como novas empresas, filiais, condomínios, produtores rurais e profissionais liberais — terão o CNPJ com letras. Os números atuais continuarão válidos, sem exigência de atualização ou ação por parte das empresas.

5. O processo de emissão do CNPJ vai mudar?

Não. O procedimento para registrar empresas e solicitar CNPJ continuará igual. A única diferença será a possibilidade de o número gerado conter letras. A Receita afirma que todos os sistemas estarão adaptados e conectados à REDESIM a partir de julho de 2026.

6. A mudança afeta empresas?

Negócios que operam com emissão de notas fiscais ou gerenciamento de obrigações tributárias precisarão adaptar seus sistemas internos, softwares e bases de dados. A falta de atualização pode provocar erros na emissão de documentos, problemas com fornecedores e dificuldades no cumprimento das obrigações legais.

Para ajudar na transição, a Receita Federal vai disponibilizar ferramentas específicas de apoio técnico.

7. Empresas já cadastradas precisam tomar alguma providência?

Não há necessidade de qualquer ação por parte das empresas já registradas. Os sistemas públicos serão configurados para reconhecer tanto o modelo atual quanto o novo. A Receita afirma que a transição será automática e transparente.

8. O cálculo do Dígito Verificador será alterado?

Sim. O Dígito Verificador (DV), que aparece no fim do CNPJ e garante sua validade, continuará sendo calculado com o método Módulo 11, mas com adaptações para incluir letras. Cada letra será convertida em um valor numérico com base na tabela ASCII, subtraindo-se 48 do valor correspondente. Exemplo: a letra A vale 65 na tabela ASCII; para o cálculo, será usado o número 17 (65 – 48).

A Receita vai oferecer códigos de cálculo prontos em linguagens de programação populares para auxiliar desenvolvedores.

9. Qual a relação com a reforma tributária?

A reformulação do CNPJ faz parte da estratégia de modernização do sistema tributário nacional. Ela prepara o terreno para a chegada da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que pretendem unificar e simplificar os tributos atuais.

O novo modelo facilitará a separação entre finanças pessoais e empresariais e permitirá maior automação em processos como recuperação de crédito tributário.

10. A mudança trará custos para as empresas?

Sim. Será necessário atualizar sistemas internos para aceitar o novo formato alfanumérico e realizar o cálculo correto do Dígito Verificador. Essas alterações podem gerar despesas com desenvolvimento de software, ajustes em bancos de dados e atualização de sistemas de faturamento.

(Com informações de g1)
(Foto: Reprodução/Freepik/mrmohock)

Caio Simidzu

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Caio Simidzu
Tags: sindical

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