Agentes de IA – Os agentes de inteligência artificial (IA) estão ganhando espaço no cotidiano. Presentes em aplicativos, empresas e dispositivos inteligentes, esses sistemas são capazes de executar tarefas de forma autônoma, tomar decisões e se adaptar a novos contextos — muitas vezes sem que o usuário perceba.
Mais avançados do que assistentes virtuais tradicionais, como ChatGPT e Gemini, os agentes de IA conseguem interagir com o ambiente e resolver problemas sozinhos ou em grupo. Essa autonomia os torna aliados na otimização de processos, na análise de dados e até na personalização de experiências digitais.
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Como funcionam os agentes de IA
Esses sistemas são compostos por dois elementos principais: a arquitetura de software, que define como o agente é estruturado, e o programa, responsável pelos algoritmos que orientam suas decisões.
Cada agente possui módulos específicos que aprimoram suas funções. O de memória armazena experiências e regras; o de criação de perfil coleta dados do ambiente, como texto, voz e imagem; o de planejamento define as ações para atingir objetivos; e o de ação executa as tarefas.
Combinando IA generativa e algoritmos de aprendizado, os agentes analisam dados, simulam cenários e ajustam suas respostas com base no feedback recebido, o que permite aprendizado contínuo e decisões cada vez mais precisas.
Os 5 principais tipos de agentes de IA
Os agentes de IA se dividem em diferentes categorias, de acordo com o grau de autonomia e o tipo de tarefa que desempenham.
1. Agentes de reflexão simples
São os mais básicos. Executam ações automáticas e pré-programadas, sem aprendizado ou memória. Estão presentes em sistemas como filtros de spam, sensores de portas automáticas e termostatos inteligentes.
2. Agentes reflexos baseados em modelos
Mais avançados, usam representações internas do ambiente para prever resultados e ajustar suas ações. São encontrados em assistentes virtuais, aspiradores robôs e sistemas de segurança automatizados.
3. Agentes baseados em metas
Com capacidade de planejamento, escolhem as ações que melhor levam a um objetivo específico. São usados em plataformas de logística, investimentos e recomendações de conteúdo, como as do YouTube e Netflix.
4. Agentes baseados em utilidade
Tomam decisões avaliando qual resultado traz maior benefício. São comuns em mecanismos de precificação dinâmica, sistemas de recomendação e plataformas financeiras.
5. Agentes de aprendizagem
São os mais sofisticados. Aprendem com a experiência e se aprimoram sem reprogramação humana. Estão em sistemas de detecção de fraudes, modelos de precificação inteligente e chatbots que evoluem com as interações.
Além desses, há versões ainda mais complexas, como os sistemas multiagentes, que reúnem vários bots trabalhando em equipe, e os agentes hierárquicos, que organizam decisões em camadas.
Expectativas para o futuro
Especialistas acreditam que os agentes de IA devem se tornar a base das futuras aplicações inteligentes. À medida que evoluem, tendem a atuar de forma ainda mais integrada à rotina das pessoas, dentro e fora das empresas.
O desafio, porém, será garantir que operem de modo ético e seguro. Por isso, desenvolvedores já trabalham para que as decisões desses sistemas respeitem limites e evitem impactos negativos, equilibrando eficiência e responsabilidade.
(Com informações de Tecmundo)
(Foto: Reprodução/Freepik)