Após seis rodadas de negociação, empresa ainda mantém proposta de reajuste de 0%
O diretor de políticas sindicais da Feittinf, Paulo Roberto de Oliveira e o diretor do Sindpd Jerônimo Correia Bitencourt estiveram em Brasília, no dia 6, para a 6ª rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Serpro – Serviço Federal de Processamento de Dados.
A proposta de reajuste oferecida pela empresa é de 0% sobre as cláusulas econômicas da pauta de reivindicação. “Foi uma reunião sem avanço; 0% de reajuste em cláusulas que têm reflexo econômico significa não valorizar o trabalhador com o mínimo, que é a reposição de perdas”, argumentou Paulo Roberto.
A data-base para o acordo é maio de 2017, com vigência até abril de 2018. Por esse motivo, a representação dos trabalhadores solicitou que os reajustes das cláusulas sejam aplicados de maneira retroativa a 1ª de maio.
A Feittinf reiterou, em mesa, que hora-extra e adicional noturno devem ser novamente discutidos. A estatal deve ainda apresentar proposta sobre o banco de horas e jornada diferenciada.
O Serpro alega impossibilidade de avançar sobre as cláusulas econômicas sob a justificativa do cenário econômico em que está inserida, argumentando com as instituições sindicais presentes que os direitos conquistados através da ACT não serão prejudicados, mas precisam ser avaliados.
Paulo Roberto faz um alerta dizendo que o ACT favorece apenas a empresa e não garante ao trabalhador ganho real. “Estamos dispostos a negociar, porque até o momento, o presente acordo só beneficia o Serpro. Com a aprovação da Lei 13.467/2017, o patrão sempre tentará suprimir pontos da Acordo Coletivo na tentativa de enfraquecer a representação dos trabalhadores por meio dos Sindicatos e não vamos permitir isso. Reafirmamos a nossa disposição em conseguirmos, para a próxima mesa, ampliar a discussão e chegar a um consenso”, concluiu o dirigente.
A próxima mesa de negociação acontece no dia 17 de janeiro de 2018, na sede do Serpro em Brasília.
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