TI

Formação acadêmica falha na preparação de profissionais de cibersegurança, diz pesquisa

Cibersegurança – Metade das lideranças em cibersegurança no Brasil considera que as universidades não preparam adequadamente os profissionais para o setor, segundo uma pesquisa realizada pela consultoria Rooby, especializada no recrutamento de talentos em tecnologia. Outros 30% dos entrevistados avaliam que o preparo oferecido pelas graduações é mínimo.

O levantamento, concluído em fevereiro de 2025, ouviu 208 gestores de TI no país — a maioria gerentes (73%) e diretores (14%) — que lideram equipes com mais de 15 integrantes (34%). Entre os participantes, 23% atuam em empresas de grande porte, com mais de 5 mil funcionários.

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A percepção de falhas na formação acadêmica se reflete diretamente nas dificuldades de contratação: 56% dos gestores relataram desafios para encontrar profissionais qualificados em segurança da informação, e 38% mencionaram obstáculos específicos na contratação de especialistas em áreas críticas, como análise de ameaças cibernéticas e segurança em ambientes de nuvem.

“Os respondentes destacam a falta de alinhamento prático das formações acadêmicas com o trabalho no setor, principalmente em competências de maior demanda nas empresas, como segurança na nuvem, inteligência artificial [IA], machine learning [aprendizado de máquina] e arquitetura ‘zero trust’ [restrição de acesso a sistemas]”, afirma Diego Barbosa, cofundador da Rooby.

Barbosa também ressalta que, diante da complexidade dos desafios atuais, o envolvimento das lideranças precisa ir além da equipe técnica. “O C-level e o departamento de RH precisam apoiar estratégias que garantam os talentos certos para operações críticas, com maior dificuldade de atrair currículos”, diz.

A Rooby também divulgou um guia salarial com base em processos seletivos conduzidos nos últimos meses. Os dados indicam alta valorização de especialistas em nichos estratégicos, como segurança na nuvem e arquitetura de segurança da informação, com salários mensais que chegam a R$ 25 mil.

É a primeira vez que a consultoria, fundada em 2024, publica esse tipo de levantamento, o que impede comparações com anos anteriores. Ainda assim, Barbosa, que atua no setor há mais de uma década, observa uma tendência clara: “pela minha experiência com recrutamento, houve um crescimento no valor da remuneração das funções listadas, principalmente nos últimos quatro anos”, conta.

Confira as faixas salariais médias para especialistas em diferentes áreas da cibersegurança:

(Com informações de Valor Econômico)
(Foto: Reprodução/Freepik/jcomp)

Caio Simidzu

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Caio Simidzu
Tags: sindical

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