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Golpistas – Uma nova onda de golpes virtuais está utilizando páginas falsas que imitam órgãos do governo brasileiro para enganar internautas, roubar informações pessoais e extorquir dinheiro. A fraude, identificada por pesquisadores da Zscaler ThreatLabz, se aproveita de ferramentas de inteligência artificial generativa para criar sites quase idênticos aos originais, aumentando o potencial de engano das vítimas.
De acordo com a investigação, os criminosos utilizam plataformas como DeepSite AI e BlackBox AI para desenvolver réplicas de portais do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e do Ministério da Educação (MEC). Além disso, aplicam ajustes técnicos para que essas páginas fraudulentas apareçam com destaque nos resultados de busca do Google.
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Embora o visual e a abordagem variem, o objetivo é o mesmo: capturar dados sensíveis e levar o usuário a fazer um pagamento via Pix para uma conta laranja. No caso que simula o Detran, o site promete a emissão gratuita da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Ao acessar a página, a vítima é induzida a inserir o CPF em um falso login do gov.br. A informação é validada por uma API controlada pelos golpistas, que então solicitam mais dados, como endereço.
Para dar legitimidade, o sistema simula a marcação de um exame médico inexistente e, ao final, exige um pagamento via Pix para “finalizar” o processo.
Endereços fraudulentos já identificados incluem:
– govbrs.com
– gov-brs.com
Golpe do MEC falso
Já no esquema que imita o MEC, o site apresenta vagas de emprego supostamente disponíveis na região do usuário. Para “concorrer” a essas oportunidades, a vítima precisa informar seu endereço e CPF. Em seguida, é instruída a efetuar um pagamento via Pix como condição para garantir a vaga — valor que também vai para uma conta laranja.
Entre os endereços usados no golpe estão:
– govbr.agentesdaeducacao.org
– govbr.inscricaoagente.com
– gov.ministerioeduca.com
Sinais de alerta
Segundo os pesquisadores, páginas falsas criadas com IA generativa podem apresentar características específicas, como botões que não funcionam, comentários de código muito organizados, uso de bibliotecas visuais como TailwindCSS e formulários em várias etapas solicitando CPF, além de APIs para validar as informações.
O principal alvo dessa fraude são usuários acostumados a acessar serviços digitais do governo. A semelhança visual com o portal oficial e o bom posicionamento no Google aumentam a credibilidade da página falsa. Para reduzir o risco de cair no golpe, os especialistas recomendam:
– Conferir sempre o endereço (URL) do site antes de inserir qualquer informação;
– Desconfiar de páginas encontradas em buscas, mesmo que estejam no topo dos resultados;
– Questionar ofertas muito vantajosas antes de aceitar;
– Priorizar o acesso ao gov.br oficial para buscar serviços públicos.
Com atenção aos detalhes e verificação das fontes, é possível evitar que golpes como este resultem em perdas financeiras e exposição de dados pessoais.
(Com informações de Tecmundo)
(Foto: Reprodução/Freepik/Tonefotografia)
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