Federação Nacional dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação

Governo estabelece novo plano nacional de cibersegurança

Governo estabelece novo plano nacional de cibersegurança

Estratégia Nacional de Cibersegurança propõe medidas com foco em educação, prevenção e fortalecimento da soberania tecnológica

Cibersegurança – O governo federal instituiu nesta semana a segunda versão da Estratégia Nacional de Cibersegurança (E-Ciber). Elaborado pelo Comitê Nacional de Cibersegurança, que reúne 25 instituições, o plano prevê 40 ações para estruturar e fortalecer a proteção digital no país, centralizando mecanismos de regulação, fiscalização, coordenação e controle.

Entre os objetivos, o documento prevê a promoção da inclusão e diversidade de grupos vulneráveis, a proteção de serviços essenciais e infraestruturas críticas, e a criação de uma “cultura de cibersegurança sustentável”. Para isso, aposta em educação, inovação e investimento para reduzir o chamado “débito tecnológico” do Brasil.

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Educação como pilar

O E-Ciber aponta como prioridade incentivar comportamentos responsáveis e seguros por parte dos usuários, com a qualificação de professores da rede pública e privada para o ensino de práticas de segurança digital. A meta é inserir o tema nos currículos escolares em todos os níveis, estimular a participação em fóruns e congressos, e ampliar a capacitação técnica para atender às demandas crescentes da área.

O projeto também propõe parcerias com universidades e instituições acadêmicas para desenvolver pesquisas e ações conjuntas, incluindo a criação de linhas de estudo em cursos de graduação e pós-graduação.

Segundo João Carlo Mauro, especialista em cibersegurança e pesquisador da TGT ISG, essa etapa é crucial. “O déficit de talentos em cibersegurança é um risco global”, afirma. “Ao investir desde a base (escolas) até a ponta (formação técnica e universitária), o Brasil busca preencher essa lacuna. Para a sociedade, significa cidadãos mais conscientes e menos vulneráveis a golpes e ameaças digitais do dia a dia, o que impacta diretamente a segurança do consumo e das transações on-line.”

Prevenção e combate a crimes digitais

A estratégia também atualiza e reforça a Política Nacional de Cibersegurança, com medidas para prevenir e investigar crimes cibernéticos, fraudes e outras ameaças. O plano prevê planos de contingência para incidentes, canais de denúncia e sistemas de alerta de risco para serviços digitais.

Outra proposta é criar um selo nacional de segurança, que serviria como indicador do nível de proteção de produtos, serviços e sistemas digitais. Entre outras ações, estão:

• adoção de padrões mínimos de segurança para dados sensíveis;
• elaboração de lista de ativos de alto risco;
• sistemas seguros de troca de informações;
• notificação nacional de ciberincidentes;
• exercícios e simulações;
• capacitação de órgãos de persecução penal;
• apoio às vítimas de crimes digitais;
• orientação a pequenas empresas;
• participação internacional e apoio a países vizinhos.

Inovação e soberania tecnológica

O E-Ciber quer manter as normas de segurança sempre atualizadas e criar um modelo para medir a maturidade da cibersegurança no Brasil. A proposta é desenvolver soluções nacionais para reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras e incentivar a inovação.

No formato de cooperação entre o setor público e privado, o plano prevê a criação de equipes de prevenção e resposta a incidentes cibernéticos, como os ISACs (centros de análise e compartilhamento de informações), responsáveis por testes e pesquisas.

Para João Carlo Mauro, esse é um passo estratégico para o país. “Vejo que os objetivos centrais da E-Ciber são promover a soberania nacional e reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras. Isso tende a se traduzir em incentivos ao desenvolvimento tecnológico nacional e à autonomia produtiva e tecnológica na área de cibersegurança”, avalia.

Ele destaca ainda que a iniciativa pode posicionar o Brasil como referência no setor. “Se a tecnologia, atualmente, dita o verdadeiro poder, a soberania digital torna-se fundamental. Ao estimular o desenvolvimento de soluções nacionais e direcionar apoio às empresas brasileiras, o Brasil busca não apenas se proteger, mas também se tornar um polo exportador de tecnologia na área.”

Sindplay oferece cursos de cibersegurança

O Sindplay, plataforma de capacitação para profissionais de TI, disponibiliza cursos e treinamentos em cibersegurança e em outras áreas (confira aqui).

Sócios e contribuintes dos sindicatos integrados à Fenati (Federação Nacional dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação) têm bolsa integral de acesso à ferramenta, chamada de “Netflix de TI” pela mídia especializada. O reconhecimento veio com o prêmio em Inovação e Transformação Digital no SindMais 2024.

A plataforma inclui cursos sobre proteção de dados, desenvolvimento de software, administração de redes, inteligência artificial, blockchain e mais. Desenvolvido em parceria com a Academia Forense Digital (AFD), o Sindplay oferece material didático, certificados e mais de 140 opções de cursos, com valor estimado em R$ 100 mil. Atualmente, possui mais de 15 mil usuários ativos.

(Com informações de Tecmundo)
(Foto: Reprodução/Freepik/Imagem gerada por IA)

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