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Homem perde R$ 31 mil com golpe da ‘mão fantasma’; entenda

Golpe – Um homem de 49 anos perdeu R$ 31 mil depois de ter seu celular invadido em um crime conhecido como “mão fantasma”. O caso ocorreu em Marquinho, no centro do Paraná, e foi divulgado pela Polícia Militar (PM-PR).

Segundo a PM, na segunda-feira (11) o homem realizou um Pix de R$ 1 mil para um comerciante conhecido, sem saber que o WhatsApp do comerciante já havia sido clonado. Dois dias depois, na quarta-feira (13), os mesmos criminosos entraram em contato com ele novamente. Desconfiado, o homem buscou orientação com o gerente do próprio banco.

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Como a fraude aconteceu

Ainda no mesmo dia, os golpistas se passaram pelo gerente e ligaram para a vítima, alegando que ela precisava acessar um link para fazer reconhecimento facial e inserir códigos no aplicativo bancário, supostamente para reforçar a segurança.

Confiando na ligação, o homem seguiu as instruções, acessou o link e logo depois o celular travou e desligou.

“A vítima informou que, posteriormente, foram realizadas diversas transferências via pix em sua conta, totalizando aproximadamente R$ 31 mil, valor este que foi integralmente retirado de sua conta bancária”, relata a PM.

A vítima também disse que golpistas usaram seu número para enviar mensagens a contatos, pedindo transferências via Pix para uma chave vinculada a uma empresa. Até o momento, os suspeitos não foram identificados.

O que é o golpe da “mão fantasma”

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o golpe recebe esse nome por permitir que o criminoso tenha acesso remoto ao celular da vítima.

“O bandido entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário de banco. Usa várias abordagens para enganar o cliente: informa que a conta foi invadida, clonada, que há movimentações suspeitas, entre outras artimanhas. E diz que vai enviar um link para a instalação de um aplicativo que irá solucionar o problema. Se o cliente instalar o aplicativo, o criminoso terá acesso a todos os dados que estão no celular”, explica a entidade.

Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, reforça que bancos nunca pedem senha, número do cartão, transferências ou pagamentos para supostamente resolver problemas na conta. A federação afirma que os aplicativos bancários possuem “o máximo de segurança” em todas as fases, desde o desenvolvimento até a utilização.

“Não há registro de violação da segurança desses aplicativos, os quais contam com o que existe de mais moderno no mundo para este assunto. Além disso, para que os aplicativos bancários sejam utilizados, há a obrigatoriedade do uso da senha pessoal do cliente”, garante.

A Febraban alerta que, no golpe da mão fantasma, os criminosos também procuram no aparelho por senhas salvas pelo próprio usuário.

“Muitos usuários anotam suas senhas de acesso ao banco em blocos de notas, e-mails, mensagens de Whatsapp ou em outros locais do celular. Também há casos de clientes que usam a mesma senha de acesso do banco em outros aplicativos, sites de compras ou serviços na internet, e estes apps, em grande parte dos casos, não contam com sistemas de segurança robustos e a proteção adequada das informações dos usuários”, diz.

(Com informações de g1)
(Foto: Reprodução/Freepik)

Julia Stoever

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Julia Stoever
Tags: sindical

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