Câncer de pulmão – O câncer de pulmão é hoje a principal causa de morte relacionada a tumores em todo o mundo. No Brasil, apenas em 2022, a doença foi responsável por aproximadamente 30 mil óbitos, reforçando a tendência de crescimento nos registros ao longo das últimas décadas.
Diante desse cenário preocupante, especialistas buscam alternativas para melhorar a detecção precoce. Entre as soluções, a inteligência artificial tem se mostrado uma ferramenta promissora para acelerar a identificação de nódulos suspeitos nos pulmões e, com isso, aumentar as chances de sobrevivência dos pacientes.
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Redução dos falsos positivos
– Um estudo recente publicado na revista Radiology apresentou uma inteligência artificial capaz de calcular o risco de evolução de tumores em nódulos pulmonares.
– Além de manter elevadas taxas de detecção, a tecnologia se mostrou eficaz em reduzir de maneira significativa os resultados falso-positivos.
– O aparecimento de nódulos é relativamente frequente, mas distinguir quais têm potencial maligno continua sendo um desafio para a medicina.
– Nesse contexto, a IA surge como uma aliada importante no diagnóstico antecipado do câncer.
Algoritmo treinado para avaliação de nódulos
Hoje, os protocolos convencionais de rastreamento levam em conta principalmente o tamanho, o formato e a evolução do nódulo para determinar se há risco de malignidade. Já o novo modelo de IA analisa uma combinação de diferentes características para fornecer uma estimativa mais precisa.
O sistema foi treinado com dados do National Lung Screening Trial, estudo clínico de grande porte realizado nos Estados Unidos que comparou tomografias computadorizadas de baixa dose com radiografias de tórax em fumantes de alto risco.
No total, o algoritmo recebeu informações de 16.077 nódulos, dos quais 1.249 eram malignos. A validação foi feita com 4.146 participantes que apresentavam nódulos pulmonares.
Os resultados mostraram que a IA superou os métodos atualmente utilizados na detecção de nódulos indeterminados, alcançando mais de 90% de precisão. Para os casos malignos, o desempenho foi equivalente ao dos modelos tradicionais.
Já para os benignos, a taxa de acerto atingiu 68%, contra 47% nos protocolos sem IA — uma redução expressiva no número de falsos positivos.
(Com informações de Olhar Digital)
(Foto: Reprodução/Freepik)