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Meta alega "uso justo" ao copiar livros para treinar inteligência artificial

Meta alega “uso justo” ao copiar livros para treinar inteligência artificial

Empresa enfrenta ação judicial por acusação de violação de direitos autorais e pede arquivamento do caso.

Meta – A Meta, controladora do Instagram, Facebook e WhatsApp, solicitou a um tribunal norte-americano que reconheça a legalidade de seu método de treinamento de inteligência artificial, utilizando livros sem autorização prévia. A empresa argumenta que a prática se enquadra no “uso justo”, previsto na legislação de direitos autorais.

Em 2023, o escritor Ta-Nehisi Coates, a humorista Sarah Silverman e outros autores entraram com uma ação contra a Meta, acusando-a de empregar versões ilegais de suas obras para desenvolver sistemas de IA sem consentimento.

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Em resposta apresentada na segunda-feira (25), a empresa defendeu que o emprego dos livros no aprimoramento de seu modelo de linguagem, o Llama, configura “uso justo” — uma exceção legal que permite a utilização de material protegido em casos específicos. Por isso, pediu a rejeição da ação.

A Meta sustentou que o treinamento de sua IA está amparado por essa doutrina jurídica, que autoriza o uso limitado de conteúdo com direitos autorais sem necessidade de licença.

Em sua defesa, a Meta afirmou que o Llama foi desenvolvido para fins transformadores, como auxiliar no aprendizado de diversos temas, estimular a criatividade, elaborar relatórios empresariais, traduzir diálogos, processar informações, programar e até produzir textos literários, como poemas e cartas.

“O sistema não reproduz as obras dos autores nem substitui sua leitura”, afirmou a defesa.

Contudo, os autores alegam que a Meta se apropriou deliberadamente de livros pirateados para alimentar seus modelos de linguagem, extraindo conteúdo protegido sem qualquer compensação aos detentores dos direitos.

(Com informações de G1)
(Foto: Reprodução/Freepik)

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