Federação Nacional dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação

Mulheres conquistam mais espaço na TI, trazendo inovação e competitividade

Mulheres conquistam mais espaço na TI, trazendo inovação e competitividade

Homens ainda predominam a TI, mas empresas notam vantagens competitivas de aumentar presença feminina em seus quadros

Mulheres – Um novo levantamento sobre o mercado de tecnologia no Brasil mostra avanços na presença feminina no setor, tanto em cargos técnicos quanto estratégicos. Segundo o último relatório da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), as mulheres representam 34,2% da força de trabalho no setor, enquanto os homens somam 63,1% e pessoas não-binárias, 1%.

O crescimento também é percebido em posições de liderança: 34,1% dos cargos de diretoria e gerência já são ocupados por mulheres, aumento de 1,6 ponto percentual entre 2019 e 2024. Em áreas técnicas como TI e P&D, a presença feminina chegou a 28,1%, um salto de 4,6 pontos no mesmo período, reforçando que a diversidade de gênero é cada vez mais estratégica para a competitividade das empresas de tecnologia.

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Alguns setores se destacam na contratação de mulheres. Levantamento da KOUD, empresa especializada em recrutamento de profissionais de tecnologia, aponta funções como QA (Quality Assurance), Análise de Dados e Suporte Técnico como líderes em presença feminina. Além disso, cargos estratégicos, como Product Owner, Business Analyst, UX/UI Designer, e áreas emergentes, como cibersegurança, também registram avanços.

“É preciso entender que diversidade não é pauta de RH, é questão de negócios. Times diversos performam melhor, questionam padrões, trazem novas perspectivas e resolvem problemas antigos de formas inovadoras”, afirma Frederico Sieck, CEO da KOUD.

Para ele, a diversidade está diretamente ligada à competitividade: “Empresas que não promovem a inclusão e a valorização das mulheres no setor de Tecnologia da Informação correm o sério risco de ficar para trás em um mercado cada vez mais competitivo e inovador. A diversidade de perspectivas é fundamental para o desenvolvimento de soluções mais criativas e eficazes, e ignorar o talento feminino representa uma grande perda de potencial estratégico”.

O impacto das mulheres é visível em áreas como UX/UI Design, em que o olhar humano e estético contribui para produtos digitais mais intuitivos e centrados no usuário. “Empatia não é só um diferencial, é o núcleo do design centrado no usuário. Elas entendem de navegação, acessibilidade e experiência de forma intuitiva, o que gera retenção de clientes e agrega valor aos produtos”, ressalta Sieck.

Na área de QA, responsável pela qualidade dos softwares, o executivo afirma que mulheres elevam o padrão dos produtos com atenção a detalhes, organização e comprometimento, elementos essenciais para a robustez das soluções. “Estamos vendo mulheres elevarem o padrão dos produtos com um olhar crítico e detalhista, tão necessário em QA. Elas são minuciosas, organizadas e comprometidas, qualidades que impactam diretamente a qualidade final do software entregue”.

As mulheres têm conquistado espaço em setores tradicionalmente masculinos, como cibersegurança e governança de TI, assumindo funções críticas na proteção de dados, gestão de riscos e criação de políticas de compliance tecnológico.

“Talento não tem gênero, e cada vez mais empresas estão entendendo que contratar mulheres para funções técnicas gera impacto positivo direto na qualidade e na inovação. Assim, enquanto muitas empresas ainda hesitam em adotar políticas ativas de diversidade, outras já colhem os frutos. Abrir espaço para as mulheres na TI passou a ser uma questão de estratégia, performance, e quem entende isso sai na frente”, conclui o CEO.

(Com informações de TI Inside)
(Foto: Reprodução/Freepik/leikapro)

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