Suspensão da desoneração da Folha – A Central dos Sindicatos Brasileiros e o Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação de São Paulo (Sindpd-SP) vêm a público expressar sua preocupação diante dos erros e desgastes acumulados pelo governo federal ao insistir em uma agenda irreal de déficit zero, reproduzindo os princípios neoliberais de Henrique Meirelles e Paulo Guedes. A escolha por uma agenda econômica derrotada nas urnas tem gerado uma série de desafios que afetam diretamente a vida dos trabalhadores.
Destacamos que a desoneração da folha, uma medida conquistada durante o governo Dilma com a união de setores do capital e do trabalho, foi uma vitória importante para estimular o emprego formal e combater a precarização. No entanto, lamentamos profundamente o ímpeto do atual governo em revogar essa desoneração, o que resultou em uma série de derrotas políticas, vetos derrubados e crises, culminando na judicialização de uma matéria que já havia sido superada com o parlamento. Este cenário gera insegurança jurídica e abre caminho para a precarização em plena semana do trabalhador.
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É surpreendente ver o governo empenhado em revogar uma medida implementada por um governo do PT, enquanto demonstra pouca vontade política em revogar as políticas prejudiciais dos governos de Temer e Bolsonaro. Se o mesmo empenho fosse direcionado para revogar as maldades da Reforma Trabalhista e da Previdência, poderíamos estar mobilizando a classe trabalhadora por uma causa mais popular, justa e com potencial de melhorar significativamente a vida dos trabalhadores.
Lembramos que o governo não foi eleito para promover agendas de déficit zero e arcabouço fiscal, mas sim para enfrentar os problemas reais que afligem a população, como a fome, a precarização do trabalho e a necessidade de revisar as reformas liberais implementadas anteriormente. Instamos o governo a retomar o caminho do investimento público e a colocar as necessidades dos trabalhadores no centro de suas políticas.
Em um momento em que a popularidade do governo está em declínio é fundamental que ele reoriente suas prioridades e atenda às demandas urgentes da população brasileira.
Por Antonio Neto, presidente Nacional da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e do Sindpd-SP
(Foto: Reprodução)
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