Neste Dia do Trabalhador, o movimento sindical em todo o Brasil se reuniu para celebrar aqueles e aquelas que constroem e sustentam o país, mas principalmente para chamar a atenção para as pautas urgentes para os trabalhadores: redução de jornada, fim da escala 6×1, isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil, igualdade e dignidade no trabalho.
Em São Paulo, as principais centrais sindicais organizaram um ato unificado na Praça Campo de Bagatelle, Zona Norte da cidade, que contou com a presença de lideranças sindicais e ministros de Estado. Participaram os ministros Luiz Marinho (Trabalho), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência da República) e Cida Gonçalves (Mulheres).
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O presidente da Fenati (Federação Nacional dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação), Emerson Morresi, lembrou que a redução da jornada – uma das pautas mais destacadas durante o ato – é um avanço que já se tornou realidade no setor de TI em alguns locais, mas a Federação se empenhará para expandir essa conquista nacionalmente.
“A unidade dos trabalhadores em torno da pauta da redução da jornada e o fim da escala 6×1 é a única forma de enfrentarmos esse debate na sociedade e no Congresso Nacional. No setor de TI, queremos nacionalizar a jornada de trabalho de 40 horas, conquista que já alcançamos em estados como São Paulo e Paraná, e em cidades como Uberlândia”, afirma Morresi.
Antonio Neto, presidente do Sindpd-SP (Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação de São Paulo) e fundador da Fenati, discursou no ato que reuniu milhares pessoas e lembrou que as pautas defendidas ali interessam a todos os trabalhadores, mas que é necessário união para levá-las adiante.
“É muito importante a unidade dos trabalhadores, para que juntos, organizados, nós possamos retomar as praças públicas, exigir a redução da taxa de juros, aprovar a isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil, melhores empregos, salários iguais para homens e mulheres. Tudo isso é a luta dos trabalhadores, essa é a pauta das centrais sindicais”, falou Antonio Neto em nome da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), entidade que também preside.
Ministros apoiam pautas
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, expressaram o apoio do governo às pautas apresentadas pelas centrais sindicais e consideram que há um alinhamento de prioridades. No entanto, ambos ressaltaram que é preciso convencer parlamentares e outros setores da sociedade para que projetos como fim da escala 6×1 e isenção de Imposto de Renda até R$ 5 mil – que já foram protocolados no Congresso – sejam aprovados.
“É preciso de uma construção, de várias mãos, que passa pelo diálogo com o empresariado, que passa especialmente pelo comércio e serviço. E passa, especialmente, pelo diálogo político com o Congresso Nacional”, disse Marinho, que acrescentou que o Congresso deve avaliar que a medida beneficiará a economia e o ambiente de trabalho. “É assim que temos que olhar. Não é uma coisa ‘A’ contra ‘B’, é preciso olhar o interesse do país.”
Já Macêdo, disse ver chances reais de as pautas do fim da escala 6×1 e a isenção do imposto de renda de até R$ 5 mil passarem pelo Congresso. Segundo ele, a redução da jornada de trabalho é uma medida “civilizatória”.
“A escala 6×1 é um crime contra o trabalhador, é cruel contra a classe trabalhadora. Nós todos não precisamos só de trabalho digno e salário justo. É necessário ter tempo para viver, ter tempo para estar com a família, ter tempo para fazer o que gosta”, defendeu.
Sobre a isenção até R$ 5 mil, Macêdo disse que a pauta “caiu no imaginário coletivo muito positivamente. A isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil significa dizer: quem ganha menos não paga imposto e quem ganha mais paga o imposto justo”.
Pauta das centrais
As centrais sindicais entregaram a Lula na última terça-feira (29) a Pauta da Classe Trabalhadora (acesse aqui), que lista os temas que são considerados prioritários pelo movimento sindical para garantir mais direitos e dignidade aos trabalhadores.
Dentre os pontos destacados, estão a redução da jornada de trabalho, o fim da escala 6×1, a retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo sem as limitações do arcabouço fiscal, o empenho pela aprovação do projeto que isenta de Imposto de Renda salários até R$ 5 mil, a isenção de IR sobre a Participação nos Lucros e Resultados e a valorização dos servidores públicos com a regulamentação da Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
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