Com a falta de consenso sobre o ACT 2016/2017, categoria se mobiliza para assegurar direitos
No último dia 17 de novembro, representantes de dezoito estados estiveram reunidos em Brasília para a 4ª rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2016/2017 da Cobra Tecnologia. A negociação, porém, não obteve grandes avanços. Ao contrário do esperado, a empresa compareceu à reunião sem uma proposta definitiva de reajuste salarial.
Celso Lopes, diretor do Sindpd, conta que representantes da Cobra ainda tentaram adiar a reunião. “Tínhamos a expectativa de uma nova proposta. Porém, no dia da mesa, a empresa atrasou o início da reunião em quase duas horas. Quando começamos, quiseram suspender a negociação. Sob a alegação de impasses com o órgão regulamentador, a empresa não apresentou uma proposta definitiva”, explica. Sem avanço na oferta econômica, a reunião seguiu com renovação de outras cláusulas.
Durante a 3ª rodada, realizada dia 27 de outubro, o reajuste de 4,5% foi rejeitado pela representação dos trabalhadores. O valor, além de não repor a inflação do período, corresponde à uma perda de quase 50%. Segundo Paulo Roberto de Oliveira, a morosidade na negociação e a falta de empenho da empresa em apresentar uma proposta digna levou à mobilização da categoria. “Os trabalhadores estão se organizando para poder conseguir conquistar o que reivindicaram”, afirma o secretário de finanças do Sindpd.
A próxima reunião está agendada para o dia 23 de novembro (quarta-feira), em Brasília. No dia seguinte (24), trabalhadores irão participar de assembleias em todo o País. A expectativa é que a proposta apresentada pela empresa não atinja o índice aceitável pela categoria. Por isso, com o intuito de cumprir os prazos determinados em Lei, editais já foram publicados, e a paralisação está prevista a partir do dia 29 de novembro. “Os trabalhadores irão deliberar pela greve por prazo indeterminado, independente do que a empresa apresentar”, explica Celso Lopes.
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