Tecnologia turbina produção agrícola e MT bate recorde histórico
Produção agrícola – A safra brasileira de 2025 deve alcançar 340,5 milhões de toneladas, um crescimento de 16,3% em relação a 2024, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Soja e milho puxam a alta, com previsões de 165,5 milhões de toneladas (14,2% a mais) e 137,6 milhões (19,9% de avanço), respectivamente. Também devem crescer as produções de arroz, feijão, algodão, sorgo e trigo.
Os números refletem investimentos em tecnologia e práticas sustentáveis no campo. Em Sorriso (MT), por exemplo, a Fazenda Primavera opera 21 pivôs de irrigação controlados pelo celular, cobrindo 3,2 mil hectares.
LEIA: O que acontece quando crianças ganham celular muito cedo?
Com esse sistema, é possível colher até três safras por ano, alternando soja, milho, algodão e feijão. Colheitadeiras com piloto automático e até aeronaves para aplicação de defensivos completam o cenário de alta mecanização.
Alguns pivôs chegam a 820 metros de raio e irrigam áreas equivalentes a 220 campos de futebol. O modelo já atraiu visitantes estrangeiros, incluindo de Israel, referência mundial em irrigação.
Segundo a fornecedora Lindsay, o retorno do investimento ocorre em pouco mais de três anos, mesmo com juros de 10,5% a 12,5%. A expectativa é de aumento de 30% na produtividade.
Sustentabilidade em foco
Diante das mudanças climáticas, tecnologias de manejo sustentável têm ganhado espaço. “O produtor já percebeu que precisa investir na proteção e recuperação do solo”, afirma Cornélio Zolin, pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril.
Em Santa Carmem (MT), o produtor Invaldo Weiss utiliza há 12 anos o sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), combinando soja e milho com pasto e eucalipto. O resultado foi a colheita de 160 sacas de milho e 78 de soja por hectare, além de 450 m³ de madeira de uma fileira de eucaliptos. Fora da floresta, Weiss aposta em um mix de seis capins recomendados pela Embrapa para reter umidade e nutrir o solo.
Na Fazenda Esperança, a biotecnologia também é aliada. Com a técnica de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), a produção de bezerros é planejada e sincronizada, aumentando a eficiência reprodutiva. Os bois são engordados em confinamento e alimentados com resíduos de cereais, aproveitando ao máximo os recursos disponíveis.
Diversificação e inovação
Outro exemplo é a Fazenda Renascer, em Diamantino (MT), que aposta na Integração Lavoura-Pecuária (ILP). Metade dos 7 mil hectares é de mata nativa preservada, enquanto as áreas de cultivo se expandem para 12 mil hectares com soja e milho. Além de diversificar com carne, o produtor Gilson Antunes de Melo investiu no gergelim, ocupando 5 mil hectares com foco na exportação para a Ásia.
A fazenda conta com sete colheitadeiras de alta tecnologia, além de silos e secadores automatizados. O sistema ILP garante sustentabilidade: mesmo após dois meses sem chuvas, a braquiária permanece verde, alimentando 3 mil cabeças de gado, enquanto a palhada retém umidade e os dejetos bovinos enriquecem o solo.
Com a combinação de biotecnologia, irrigação e sistemas integrados, produtores rurais de Mato Grosso mostram que o futuro do agronegócio passa pela inovação e pelo uso sustentável dos recursos.
(Com informações de Terra)
(Foto: Reprodução/CNA/Wenderson Araujo/Trilux/Agência Brasil)
Transplante foi realizado para tratamento de leucemia, mas fez com que infecção com HIV entrasse…
Bloco europeu avalia impor medidas provisórias que podem suspender temporariamente políticas de IA da Meta…
Órgão regulador afirmou que plataforma norte-americana dissemina matérias que podem “prejudicar o desenvolvimento espiritual e…