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Trabalho híbrido – Segundo o relatório global “Navegando por Estratégias de Trabalho Híbrido em Ambientes de Trabalho em Evolução”, 64% das organizações no país já notam efeitos positivos na retenção de funcionários após adotarem políticas de trabalho flexível.
A tendência reflete uma mudança no perfil profissional, com maior valorização da autonomia sobre onde e como executar as atividades.
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“A flexibilidade não significa trabalho remoto em tempo integral, mas sim a adaptação às necessidades individuais. O estudo mostra que a flexibilidade impulsiona a performance dos melhores talentos”, explica Fran Katsoudas, EVP e Chief People, Policy & Purpose Officer da Cisco.
Apesar do avanço da modalidade híbrida, o estudo aponta uma diferença entre a visão de líderes e a experiência dos funcionários. No Brasil, 80% das empresas afirmam que as políticas híbridas foram bem recebidas internamente, mas apenas 63% dos profissionais confirmam essa percepção.
Em relação à consistência entre os ambientes físico e virtual, 63% das organizações e 53% dos trabalhadores acreditam que há uniformidade na experiência — já a média global é de 59% e 46%.
Futuro do trabalho híbrido
O levantamento traz ainda tendências que devem nortear a definição de políticas mais eficazes. Uma delas é a necessidade de construir relações de confiança: para 77% dos colaboradores, exigências rígidas de retorno presencial sinalizam falta de confiança da liderança. E apenas 39% percebem aumento de produtividade no escritório.
Ao mesmo tempo, 92% reconhecem o valor das interações presenciais — especialmente em momentos estratégicos, como mentorias e ações de integração. Já entre os profissionais de alta performance, 78% afirmam que cogitam deixar a empresa caso não haja flexibilidade, ainda que 85% vejam no ambiente físico uma via importante para o crescimento na carreira.
O relatório também revela um choque geracional: a Geração Z tende a preferir o trabalho remoto (48%), enquanto profissionais mais experientes, como os boomers, demonstram preferência pelo modelo presencial (40%). Para equilibrar essas preferências, especialistas recomendam políticas individualizadas.
Outro ponto de destaque é o uso da tecnologia. Embora a maioria dos profissionais enxergue valor em ferramentas colaborativas, apenas um terço das empresas investe de forma robusta em soluções como inteligência artificial, redes seguras e plataformas integradas.
Por fim, o estudo reforça a importância da comunicação clara. Apenas 36% dos funcionários se sentem bem-informados sobre as diretrizes de retorno presencial, o que reforça a necessidade de uma liderança mais transparente e orientada por diálogo.
O levantamento foi realizado com mais de 21 mil profissionais e empregadores de 21 países, incluindo o Brasil, e sinaliza que o modelo híbrido está longe de ser passageiro — ele se consolida como uma estratégia de engajamento e competitividade no cenário corporativo atual.
(Com informações de TI Inside)
(Foto: Reprodução/Freepik)
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