Veto à desoneração vai precarizar setor de TI – Em entrevista ao programa ‘Domingo Espetacular’, na TV Record, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação de São Paulo (Sindpd-SP), Antonio Neto, disse que o veto do governo ao projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia, entre eles o setor de Tecnologia da Informação (TI), pode alimentar um processo de ‘pejotização’ no setor.
Assista a reportagem na íntegra:
LEIA: MPT valida cobrança de taxa em PLR de opositores do sindicato em nova decisão
Um milhão de trabalhadores brasileiros podem perder o emprego com o fim da desoneração da folha de pagamento dos 17 setores, argumentam empresários e sindicalistas. Deputados e senadores se unem para tentar derrubar, nesta terça-feira (28), o veto do presidente Lula ao projeto.
“Com o aumento da mão-de-obra, você automaticamente fica preocupado, porque ao admitir (funcionários), você acresce o imposto a ser pago. E isso vai gerar precarização, especialmente no setor de tecnologia da informação. A ‘pejotização’, contratação de MEI (Micro Empreendedor Individual), cooperativas de trabalho, ou seja, vai precarizar o trabalho. E vai, contrariamente aquilo que o ministro (do Trabalho) Marinho tem proclamado, da necessidade de geração de empregos, geração de renda e acima de tudo, formalização do mercado de trabalho”, opinou Antonio Neto na reportagem da TV Record exibida neste domingo (26).
O projeto foi aprovado pelo Congresso em 25 de outubro, o Executivo tinha até a quinta (23) para sancionar ou vetar integral ou parcialmente o texto. Após pressão do Ministério da Economia, Lula vetou integralmente o texto. No entanto, o Congresso Nacional pode rejeitar o veto presidencial e promulgar a lei, o que pode acontecer nesta terça.
Na última sexta-feira (24), as centrais sindicais criticaram a decisão do governo de vetar a prorrogação da desoneração da folha. O texto é assinado pelos presidentes das centrais CSB, Força Sindical e UGT.
“O veto coloca milhões de empregos em risco, estimula a precarização no mercado de trabalho e levará ao fim do ciclo, conduzido pelo Ministério do Trabalho, de redução do desemprego. O resultado será perda de arrecadação, insegurança e empregos de menor qualidade”, diz o documento.
A medida fazia uma substituição tributária na folha de pagamentos de 17 setores da economia. Os setores argumentam sobre a importância da desoneração para a manutenção e criação de empregos.
Segundo o projeto – que estava em vigor desde 2012 -, os setores contemplados podem pagar alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre as folhas de pagamentos.
Na carta, as centrais dizem que a decisão do governo se deu sem debate com o movimento sindical.
“Desonerar a folha de pagamento é uma questão de sensibilidade social. A equipe econômica comete um equívoco ao jogar o ajuste fiscal no setor produtivo e no emprego formal, pois a conta será absorvida pelos trabalhadores seja com o desemprego ou com a informalidade”, completa.
Na conclusão do texto, as centrais dizem esperar que o Congresso restabeleça a desoneração “para um ambiente de geração de emprego para os trabalhadores brasileiros neste fim de ano.”
(Foto: Reprodução)
Primeiro lote da restituição será pago em 30 de maio, mesmo dia do prazo final…
Dentre 17 novas teses vinculantes, Tribunal definiu que trabalhador pode exigir depósitos do FGTS na…
Após suspender o treinamento de inteligência artificial no Espaço Econômico Europeu em junho, a Meta…