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China bane chips de IA estrangeiros em data centers que receberam verba pública

China – O governo chinês proibiu o uso de chips avançados de inteligência artificial fabricados no exterior em data centers que receberam financiamento estatal, priorizando componentes produzidos no país, segundo informações da Reuters desta quarta-feira (5). A decisão pode afetar acordos com gigantes como Nvidia, AMD e Intel.

A iniciativa integra os planos de Pequim de acelerar o desenvolvimento da indústria nacional de semicondutores, considerada estratégica para a segurança do país. Além disso, busca reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros, especialmente norte-americanos, em meio à prolongada disputa comercial com Washington.

LEIA: IA já está por trás das suas compras, e você talvez nem tenha percebido

De acordo com fontes ouvidas pela agência de notícias, a proibição foi emitida por agências reguladoras chinesas, mas não atingirá todas as instalações. O foco está nos centros de dados financiados pelo governo.

Com a mudança, centros com menos de 30% das obras concluídas deverão remover os chips estrangeiros já instalados ou cancelar as compras planejadas. Nos empreendimentos mais avançados, a decisão será tomada caso a caso, desde que também tenham recebido verbas públicas.

Ainda há incertezas sobre a abrangência da regra, se nacional ou restrita a algumas províncias. Enquanto isso, alguns projetos foram suspensos temporariamente antes mesmo do início da construção.

Um dos data centers afetados seria construído na região noroeste do país e previa o uso de grande quantidade de GPUs da Nvidia. Embora desenvolvido por uma empresa privada, o projeto contava com apoio estatal.

Nos últimos anos, Pequim vem adotando diversas medidas para se tornar autossuficiente em tecnologia, principalmente após sanções impostas pelos Estados Unidos. Entre elas, está a proibição recente dos chips da Micron em infraestruturas críticas.

Empresas locais ganham espaço

Com a restrição aos chips de IA estrangeiros, o governo chinês abre espaço para que companhias nacionais se fortaleçam e recebam investimentos para expandir sua produção. A Huawei, por exemplo, anunciou novos chips neste ano e já tenta rivalizar com as fabricantes americanas.

Outras empresas, como Cambricon Technologies, MetaX, Enflame e Moore Threads, também devem ampliar sua participação no mercado, ainda que em menor escala. No entanto, enfrentam certa resistência de empresas que tradicionalmente utilizam os produtos da Nvidia.

(Com informações de Tecmundo)
(Foto: Reprodução/Freepik/coffeekai)

Julia Stoever

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Julia Stoever
Tags: sindical

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